Estações como Cidade do Samba/Tia Ciata, Camerino Rosas Negras e Santa Rita/Pretos Novos ajudam a contar a história da resistência negra no Rio de Janeiro
Escrito por Assessoria de Comunicação, em 13/05/2025
No dia 13 de maio, data em que se celebra a Abolição da Escravatura no Brasil, o VLT Carioca chama atenção para o papel da memória e da valorização da cultura afro-brasileira presente em várias de suas estações no Centro do Rio. Inaugurado em 2016, o sistema interliga centenas de pontos históricos e ajuda a manter viva a herança africana que moldou a identidade carioca.
“A escolha dos nomes de algumas estações do VLT não considerou apenas a questão geográfica, mas principalmente nosso compromisso e respeito à memória e a valorização da história negra no Rio de Janeiro. Queremos que cada parada seja também um convite à reflexão sobre o passado e um estímulo à construção de um futuro mais justo”, disse Silvia Bressan, diretora do VLT Carioca”.
Binômios que homenageiam a cultura africana no VLT
A parada Cidade do Samba/Tia Ciata homenageia a quituteira, mãe de santo e figura central do samba carioca. Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata, foi uma das maiores representantes da Pequena África e símbolo da resistência cultural negra no início do século XX.
Outro exemplo é a parada Camerino/Rosas Negras, referência ao grupo feminino negro que lutou contra o racismo e a marginalização social de mulheres negras no Brasil. Já a estação Santa Rita/Pretos Novos remete ao cemitério descoberto no início da década de 90, onde milhares de africanos escravizados foram sepultados ao chegarem ao porto do Rio. Hoje, o local abriga o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), centro cultural e arqueológico dedicado à memória dessas vítimas do tráfico transatlântico.
Por fim, a estação Cristiano Ottoni/Pequena África celebra a região da zona portuária que foi, por décadas, o epicentro da vida cultural, religiosa e social da população negra carioca. O local é cercado por marcos como o Cais do Valongo, Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco.